quinta-feira, abril 18, 2013

O Maranhão


Esta será uma história longa...


Maranhão 

s. m.

Grande peta, palão. (Mentira, Mexerico)

Língua tupi: "mar que corre"


A Minha história no Maranhão inicia-se com uma grande turbulência, não é um grande palão como o significado do nome Maranhão, prefiro acreditar que a minha história tem haver com a origem do nome do estado (Mar Grandão ou que corre).


Para melhorar o entendimento, animar a leitura e deixa-los voar nas minha lembranças dividirei em 05 partes - O começo, A Ida, A Chegada, Os momentos e o Final.


O começo:

Tenho um namorado que amo muito, e é difícil ter que ficar longe dele por muito tempo, sei que para ele também é mais difícil ainda, mas enfim não iremos aprofundar muito aos detalhes, só preciso dizer que nós dois sentimos saudades de estarmos juntos. Foi pensando na saudade que Ele me chamou para passar um final de semana no Maranhão juntinhos, na terra onde ele "por enquanto" tem que ficar. Ahh eu aceitei na hora, - pensei um pouco nas consequências disso, mas nada melhor do que ficar mais um pouquinho do lado dele - e pedi ao meu chefe as folgas de sexta e segunda-feira. Pronto final não! Quando chega uma quarta-feira o namorado diz que a viagem ainda não havia sido confirmado.



"O quê??? Como assim???" - Eu tive a cara de pau de pedir meu chefe me liberar por dois dias importantes para a empresa e ele já havia deixado... Como assim? - "Você já precisou de pedir algum presente para seu chefe?" - Tem que ter muita cara de pau. E ainda correr o risco de não ir mais!? - "__ Ahh namorado, você me deixou nervosa, triste, passando mal e um monte mais." Na quinta já nem conseguia trabalhar direito por conta disso, mas no final da tarde de expediente recebi a noticia - BELA NOTICIA!! LINDA NOTICIA!!! Que gracinha... 


Na sexta-feira peguei folga concedida do chefe e fui para Aracruz de manhã, pois deveria estar na EMPRESA as 13:00 em ponto, só que os ônibus de Linhares para Aracruz só tinha pela manhã, e o que eu poderia pegar era o das 09:00, enfim... Fui.


Chegando em Aracruz, para não ficar muito a toa, fui para o Banco em que minha cunhada trabalha, dali esperei ela trabalhar o período da manhã e depois seguimos para o restaurante almoçar. Conversa vai conversa vem, passeamos um pouco e voltamos ao Banco para eu poder me arrumar e pegar as bolsas que havia deixado lá e assim poder seguir para a EMPRESA.


Peguei o táxi junto com minha cunhada ela precisava resolver alguns negócios em outro lugar e foi junto comigo - Quando saltei do táxi, não percebi... deixei meu celular dentro do táxi.


AIII MEU DEUS!!! MEDO, MEDO, MEDO... Horas de terror eu passei em frente à EMPRESA, ficar justamente sem o celular naquela hora?? Eu precisava confirmar várias coisas com meu namorado, quem era pra eu procurar lá dentro? Quem iria me levar para o aeroporto? E agora José? Vinha-me essas perguntas a todo o momento em cada segundo daquelas horas. Quando cai na real, pedi o celular de uma pessoa emprestado, para tentar ligar para o meu celular --- PÁRA TUDO!!!! --- não lembrei meu próprio número!! Não lembrei o número das outras pessoas que eu sabia de cabeça também. Ai pensei: Já era...Já era nada!!! - Avistei um Senhor, saindo da portaria da EMPRESA com sua farda identificada, e resolvi perguntar à ele sobre a viagem para o Maranhão, e assim descobri que era ele quem iria levar as pessoas para o aeroporto. Ufaaaaaaaa, Graças a Deus (pelo menos isso né). Mas ainda restou a preocupação de não conseguir ligar para os parentes antes do embarque do avião, afinal, eu havia prometido que iria ligar antes de decolar e seguir as 04 horas de viagem.


A Ida:

Quando menos espero um rapaz me pergunta se eu era Juliene. Ele estava com o celular no ouvido quando me perguntou isso, e quem estava falando com ele era nada mais nada menos que meu namorado... Graças a Deus novamente. Pude então falar com ele e falar que eu estava realmente sem celular. Fora o "puxão de orelha "leve" que recebi do namorado por ter perdido o celular, me veio uma noticia boa, meu celular que ficou dentro do táxi... o taxista entregou para minha cunhada lá no Banco quando achou. Por isso ele ligou para o rapaz que passou a ligação para mim. Ou seja, ele já sabia... Rum rum... 


"__ Queridos colaboradores, sejam bem vindos a este embarque com destino à Imperatriz-MA, nosso tempo de viagem tem previsão de 04 horas..."


Teve algumas partes engraçadas do embarque (minha primeira viagem de VIIIÃO) até o decorrer da viagem como: ter uma pessoa do lado que não parava de falar - Santo Deus!! Eu precisava um pouco de sossego - ter alguns colaboradores que não paravam de me olhar - Ai que saco! Não vê que ficar encarando direto pra uma pessoa ela pode se sentir mal? Ainda mais que eu gostaria que ninguém me notasse ali - Ter um colaborador que - Pelo amor do Santo Cristo - não parava de soltar seus gases desagradáveis aos narizes de quem era obrigado a cheirar por estar preso por quatro horas dentro de uma espaçonave. 



A chegada:

AS BOAS VINDAS DE IMPERATRIZ: Viagem enfim foi em paz. - fora ter que ficar ouvindo sem querer ouvir e cheirando o que não queria cheirar - Quando cheguei no aeroporto de IMPERATRIZ-MA, além do calor enorme em plena noite, senti uma imensa vontade de fazer xixi. Só que primeiro dei um abraço bem forte e um selinho comportado no meu namorado, conversei um pouquinho e depois segui para o banheiro para realizar a necessidade que senti ao chegar no meu destino. Quando entrei, tinha uma menininha tentando abrir a torneira para sair água. Ela vira e pergunta para mim com aquele sotaque maranhense: Ô mOoça, mo faz prá ligar a Áágua? - Não acredito no que fui capaz de pensar, mas pensei: "Essa menina é de outro estado" Que burra, eu! Eu que estava ali de inxirida, visitando o estado da garotinha tão esperta. Ataque de risos em pensamento veio à tona.


Tudo ocorreu tudo bem, minha viagem, minha chegada, a hospedagem no hotel. Acredito que se o celular tivesse vindo comigo teria acontecido algum mau para mim. Melhor nem pensar muito não.


Os momentos:

O clima de romance pintou desde o momento que cheguei no aeroporto e vi meu namorado, lindo me esperando. Quando chegamos no hotel, tomei um banho para me limpar e relaxar os músculos que estavam totalmente travados da viagem e é claro ficar bem cheirosa para Ele, o meu "bem".


Bom... estava, é claro, morrendo de fome. Fomos ao Shopping andar e ele me mostrou muitas coisas legais que aquele lugar tem para se divertir enquanto fica no Maranhão (visitar lojas – que dó), depois comemos e voltamos para o hotel. Foi legal esse momento, pois quando chegamos queríamos namorar e namorar, só e nada mais. Sem interrupções, sem medo, sem preocupações. Pudemos então dormir juntinhos, abraçados e pudemos acordar sorrindo um para o outro como num dia desses que sonhei com nós dois juntos num paraíso em pleno sábado.


No sábado, andamos quase a manhã inteirinha. Visitamos o centro de Imperatriz, suas várias lojas e também os Shoppings. Notei que eles não são muito indiscretos na hora de querer vender. “__Nós temos vários modelos, várias peças. Se você quiser provar, pode escolher.” E quando mostrei que não tinha interesse em nada... “__ Aqui Têm Séquis XóÓps também, viiu”.

Pensa, se você curti o sábado e sempre reclama do Sol aqui no ES, não reclame mais, pois Maranhão é quente, mas é quente com todas as forças do Sol e seus raios ultra mega Power revolution. Tive que comprar um chinelo, pois sair de sapatilha pelo centro de Imperatriz é muita doidera, é querer fritar os pés com seu próprio suor.


O sábado foi lindo, o dia foi lindo, a tarde foi linda e a noite foi perfeita.

No domingo, foi uma incrível preguicite durante a manhã, dormimos mais do que ficamos acordados. Mas enfim, eu queria aproveitar mais os momentos acordada, olhando para o meu amor. No período da tarde visitamos o Rio Tocantins, comemos petiscos e tomamos uma coca às margens do Rio num restaurante flutuante. Uma tarde romântica, linda e muito gracinha. Tivemos a presença de participações especiais no roteiro, mas como não lembro o nome dos amigos dele, não vou citar conversas conversadas nesta tarde.
Ahh... Eu fui no estado de Tocantins!!! Quero dizer, nós fomos! (só andamos no máximo 20 metros adentro do estado de Tocantins, MAS FUI LÁ!!! RUUUUMMM).


Quando o domingo estava quase terminando, me vinha aos pensamentos, “está acabando...” Ahh eu não queria pensar isso, eu sabia que meu humor iria mudar se eu começasse a pensar que estava tudo acabando.

Durante a noite, saímos para o Shopping novamente... Meus últimos momentos com meu amor. Já não sabia muito mais o que falar, a minha garganta já começava a apertar como um nódulo seco e sem som.

Minha última noite no Maranhão com meu amor, meus últimos suspiros perto dele, meus últimos momentos daquela noite sentindo o cheiro dele.

Na segunda acordamos de madrugada, era o momento de arrumar tudo e partir. A vida começava novamente a virar realidade.

O Final
Ao chegar no local onde estava o ônibus para levar os familiares no aeroporto, fiquei mais triste e mais calada. Era chegada a hora de ir embora, e eu não queria ir, mas a vida tinha que continuar para que mais momentos como esta  história contada voltassem a se realizar.

Talvez esta história ainda esteja mal contada, talvez devesse escrever menos, ou mais. Talvez devesse ficar só no meu pensamento, mas se eu resolvi escrever né, fazer o que?

Quando cheguei no ES, senti o peso do final de semana, o quão bem havia me feito. Eu adorei cada momento deste contado, narrado, exclamado, enfim...

REALIDADE! REALIDADE! Eu tinha que buscar meu celular e poder dizer que cheguei bem, e que estava bem. Eu tinha que voltar para Linhares e contar as novidades e as aventuras do Maranhão. Contei menos que a metade do que está escrito aqui. Contei de forma de fofoca e não de forma de história. Ou seja, podem passar para suas amigas que a sua amiga viajou de avião, que foi pro Maranhão, entre outras coisas assim.


Créditos
* Não tirei muitas fotos, pois minha máquina é meu celular;
** Penso que esquecer o celular no táxi foi proposital. Alguma coisa iluminou para que eu esquecesse ali, pois poderia ter acontecido algo pior com ele: como deixar cair no rio Tocantins; esquecer no Maranhão ou até mesmo dele derreter naquele Sol triunfante de quase 50º.


Enfim, fora a história do celular e de o Maranhão ser muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiitto quente de mais, foi tudo tranquilo, muito gracinha de lindo e maravilhoso e tudo de bom... rsrs


"Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade."



Juliene Tesch

@JulieneTesch